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Peres rebate Cuca e cita desconfiança interna no Santos em caso Sánchez

Presidente do Peixe compareceu a encontro na Federação Paulista de Futebol e falou sobre as declarações polêmicas do treinador: 'Ele toca o futebol, nós o administrativo'

Cuca e Peres no Santos
Presidente não gostou das declarações do treinador após a eliminação na Libertadores (Foto: Ivan Storti/Santos)

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O presidente do Santos, José Carlos Peres, falou pela primeira vez desde as declarações polêmicas do técnico Cuca após a eliminação da Libertadores, na última terça-feira, no Pacaembu. Além de discordar do treinador, o dirigente também sugeriu que o comandante deve cuidar apenas do futebol santista e não da parte administrativa do clube. Nesta quinta-feira, Peres participou de evento na Federação Paulista de Futebol. 

- O Cuca toca a parte técnica, e nós tocamos a parte administrativa e financeira. Ele reconheceu que exagerou. Foi no calor do jogo, foi revoltante mesmo. Eu não concordo com ele. Nós fizemos tudo o que nós pudemos. Nós fomos para um julgamento em que já estava pré-determinado para (nos) culpar. Há coisas que você fala publicamente e coisas que fala no privado. Ele estava nervoso, tem que dar desconto. Conversamos, ele admitiu o erro, agora é tocar a bola para frente - ponderou o presidente. 

Na ocasião, Cuca disse que o Santos não sabe "nem o beabá"  de organização de profissionalismo envolvendo um clube de futebol e se colocou à disposição para usar sua experiência para ajudar o Peixe a evoluir nesse sentido. 

Desconfiança recai na oposição 
Peres também falou especificamente sobre o caso envolvendo o volante Carlos Sánchez. A escalação irregular do volante no primeiro jogo das oitavas de final da Libertadores culminou na punição de derrota por 3 a 0 imposta pela Conmebol. Segundo o dirigente, há uma desconfiança a respeito da própria oposição que cerca o clube. 

- Seria lamentável que toda essa confusão fosse causada (pela oposição). Cada semana tem uma. Parece um terreno dinamitado. Não sabemos onde estão as minas. Na semana passada, falavam de uma bomba a estourar. Pode ser outra, mas é suspeito, por isso muita gente acha que partiu de lá (oposição). Acreditamos no amor ao clube, oposição é na eleição, que só vai acontecer em dezembro de 2020. Estamos aqui humildemente pedindo ajuda de todos os santistas, no Conselho, sócios e torcedores. É hora de dar as mãos e elevar o clube a um patamar maior - analisou. 

Demissão 'justificada' 
Outro ponto abordado por Peres foi a demissão de Felipe Nóbrega, ex-membro do departamento jurídico do clube. Especulou-se que a demissão foi causada por um erro de Felipe no procedimento envolvendo Sánchez e alguns conselheiros chegaram a esboçar um enorme descontentamento com Peres pela situação que se criou. O dirigente desmentiu. 

- Está havendo uma confusão. Tínhamos feito demissão de outro na sexta, estamos fazendo uma reforma e chegou a vez dele. Quiseram ligar uma coisa na outra. Se basearam no sistema Comet e não teria motivo para mandar embora. Não foi por justa causa, é uma arrumada no clube. Demissões todos os dias ou quase sempre para transformarmos o clube no tamanho que tem que ter, não muito maior hoje - finalizou. 

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