Carpini ‘quebra a cabeça’ para escalar James Rodríguez no São Paulo
Na visão do técnico, equipe pode precisar de ajustes para acomodar o jogador
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A chegada de Thiago Carpini ao São Paulo abre espaço para que jogadores pouco utilizados por Dorival Júnior ganhem mais minutos na equipe. Entre os atletas que podem ser beneficiados com a troca no comando técnico está o meia James Rodríguez.
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O colombiano foi contratado pelo Tricolor em agosto do último ano e não caiu nas graças de Dorival Júnior. No duelo mais importante da equipe na temporada, a final da Copa do Brasil diante do Flamengo, o meia sequer entrou em campo nas duas partidas.
Nos quatro meses que defendeu o São Paulo, James atuou em apenas 14 jogos, sendo 12 pelo Brasileirão e dois pela Sul-Americana. O jogador balançou as redes apenas uma vez e deu três assistências. O jogador ainda ficou marcado por perder o pênalti que eliminou o Tricolor nas quartas de final da competição continental, diante da LDU (Equador), no Morumbi.
Apesar dos números modestos, o jogador não pode reclamar de falta de oportunidades: a comissão técnica anterior chegou a modificar a formação do time para tentar acomodar James Rodríguez entre os titulares. Na goleada por 5 a 0 sofrida diante do Palmeiras, por exemplo, uma das principais fragilidades da equipe estava na cobertura das laterais do campo, graças ao losango de meio-campo formado por Dorival para tentar colocar o meia em um contexto que lhe beneficiasse.
Durante sua coletiva de apresentação, Thiago Carpini afirmou que James Rodríguez tem uma função muito específica em campo, de um meia considerado "clássico". Na visão do técnico, tal fato forçaria alguns ajustes na equipe, ou seja, há um pensamento semelhante ao da comissão técnica com relação à utilização do jogador dentro da organização da equipe.
- Pelo que eu já conheço desses atletas, acredito que o James tenha uma função mais específica. Os outros teremos mais alternativas, depende do que a gente propor. O Lucas faz mais de uma função, assim como o Luciano e o (Wellington) Rato. Talvez o James seja o único 10, que tenhamos que ajustar o time - analisou Carpini, ao ser questionado se era possível escalar o ataque da equipe com os jogadores considerados mais talentosos do elenco.
CHATEAÇÃO COM A RESERVA
Além de enxergar James com uma função muito específica em campo, Carpini foi enfático ao afirmar que não podia garantir a titularidade ao jogador. É verdade que muito dessa resposta vem pelo fato de que Carpini tinha comandado apenas um treinamento na equipe até então. De qualquer forma, a resposta também está respaldada pela maneira que o técnico enxerga o futebol, organizando a equipe com as peças em melhores condições para cada partida.
- Impossível responder (se James será titular). Tive um dia de treino e não vamos definir uma titularidade. Vamos definir um plantel, para definir os comportamentos individuais e coletivos. E jogo a jogo o que tivermos de melhor para cada partida. Mesmo que eu fosse definir onze, é impossível definir com um treino, seria muita irresponsabilidade da minha parte - justificou o treinador.
Em entrevista recente ao canal "SporTV", o lateral-direito Rafinha, que também foi companheiro de James Rodríguez no Bayern de Munique (Alemanha), revelou que o colombiano ficou chateado por não ser utilizado na final da Copa do Brasil.
Semanas depois, em entrevista do site "ge", o colombiano foi questionado sobre a declaração do capitão do São Paulo. O jogador confirmou que ficou irritado por não participar do jogo mais importante da equipe no ano.
James também negou qualquer problema com a comissão técnica e o elenco, além de afirmar estar feliz no clube. Ainda assim, o jogador não garantiu permanência no Tricolor para a atual temporada, afirmando que no futebol "muda tudo muito rápido".
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