Um atacante abusado, corajoso, polêmico e extremamente habilidoso. Um autêntico craque TIM 4G do passado e um dos homenageados pela TIM, patrocinadora dos quatro grandes clubes cariocas, Edmundo começou a carreira nas divisões de base do Botafogo, mas acabou expulso do clube por andar nu na concentração dos juniores. O Vasco o acolheu e lá ele explodiu, disputando um grande Brasileiro em 1992. No ano seguinte, já estava no Palmeiras, onde colecionou dois títulos paulistas (1993 e 1994), dois brasileiros (1993/1994) e um Torneio Rio-São Paulo (1993). Passou por vários clubes na carreira, mas na Colina foi ídolo, com passagens em cinco momentos distintos (1992, 1996/97, 1999/2000, 2003 e 2008). Com a camisa cruz-maltina, comemorou o título do Campeonato Carioca de 1992 e o Brasileiro de 1997. Foi vice-campeão mundial pelo Vasco em 2000, mas nem o pênalti perdido contra o Corinthians na decisão do torneio diminuiu a idolatria da torcida de São Januário por ele.
Indisciplinado e esquentadinho, Edmundo protagonizou várias confusões dentro e fora do gramado que justificaram o apelido de "Animal". Desde Heleno de Freitas, ídolo do Botafogo, passando por Almir Pernambuquinho, Serginho Chulapa e Jobson, vira e mexe o futebol brasileiro cria um personagem controverso. Mas poucos se comparam a Edmundo, que foi protagonista de confusões famosas. O jogador já saiu no braço com meio time do São Paulo, brigou com companheiros no vestiário, foi agredido por zagueiro argentino, chutou câmera de emissora de TV no Equador, ficou preso em hotel, largou time na Itália para curtir o Carnaval no Rio… Fora do campo, fez exame de DNA, assumiu filho de modelo fora do casamento, se envolveu em acidente de carro com vítima fatal e chegou a ser preso. A tragédia deixou marcas na sua vida profissional, pessoal e no rosto, como a cicatriz na testa.
Em 1995, depois de defender o Palmeiras, Edmundo foi para o Flamengo, mas não se entendeu com Romário e sua passagem pela Gávea foi curta e desgastante. O “melhor ataque do mundo”, que tinha também Sávio, virou o “pior” na provocação de rivais. No fim daquele ano, provocou um acidente de trânsito no Rio, que matou três pessoas. Ao voltar de uma noitada, de madrugada, o carro dele bateu violentamente em outro, na Lagoa Rodrigo de Freitas, na Zona Sul do Rio. Edmundo foi julgado e condenado a quatro anos e meio de prisão, em regime semiaberto, tendo de desembolsar cerca de R$ 1 milhão em indenizações.
Depois de passar pelo Corinthians, em 1996, o atacante voltou a São Januário, levando o Vasco ao título brasileiro de 1997 e marcando 29 gols – então recorde da história da competição que só foi superado por Dimba, do Goiás, em 2003 (com 31). Desde então, Edmundo não parou mais em clube algum. Passou por Fiorentina (1998/1999), Santos (2000), Napoli (2001), Cruzeiro (2001/2002), Tokyo e Urawa, do Japão, (2002) e Fluminense (2004).
Após fraca passagem pelo Tricolor das Laranjeiras, muitos consideravam o Animal acabado para o futebol. Seu destino, então, foi o Nova Iguaçu, clube na época dirigido pelo amigo Zinho, ex-companheiro de Palmeiras e de Seleção. O que era para ser um fim de carreira, tornou-se sua reabilitação. Com boas atuações, foi contratado pelo Figueirense para o Campeonato Brasileiro de 2005, marcando 15 gols. Voltou em 2006 para o Palmeiras como ídolo da torcida. Em 2008, foi contratado pelo Vasco pela quinta vez. Com sérias limitações físicas, Edmundo acabou amargando o rebaixamento do clube que o revelou para a Série B do Campeonato Brasileiro.
Na Seleção Brasileira, foi campeão da Copa América de 1997 e vice da Copa do Mundo de 1998, quando foi reserva de Ronaldo. Jogou o segundo tempo da final contra a França, na derrota por 3 a 0.
A despedida oficial dele do futebol aconteceu no dia 28 de março de 2012, em São Januário, diante 21.247 torcedores, contra o Barcelona de Guayaquil (EQU), numa reedição da final da Libertadores de 1998. Aos 40 anos, o Animal marcou dois gols na vitória por 9 a 1. Atualmente, é comentarista de TV.
Patrocinadora de Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco, a TIM homenageará até o fim de 2017 jogadores do passado dos quatro grandes clubes do Rio de Janeiro, que, de forma geral, apresentaram os atributos “G” (Garra, Gênio, Gigante, Grandeza) quando atuavam. Periodicamente, contaremos um pouco da história destes craques e o motivo deles terem sido escolhidos. Afinal, os quatro maiores times cariocas merecem a maior cobertura 4G do Rio e as melhores histórias para serem compartilhadas.