Das quadras para as passarelas. E agora nas quadras mais uma vez
Betina Schmidt surgiu no vôlei como promessa, passou pela Seleção de base, ganhou <br>Superliga e parou de jogar cedo. Hoje realiza sonho entretendo público na Rio-2016
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Em 2010, aos 21 anos, Betina Schmidt já tinha um título de Superliga pelo Rexona e dois mundiais com as Seleções infanto e juvenil do Brasil. Com 1,85m, era uma levantadora alta para os padrões nacionais e apontada como revelação. Mas resolveu abandonar tudo, incluindo o sonho olímpico como atleta, para virar modelo, aconselhada por Virna, ex-atleta.
Hoje, morando em Nova York e no cast de uma agência de modelos, Betina realiza parte do desejo de infância, trabalhando na Rio-2016 como repórter e animadora de torcida, justamente nos jogos de vôlei, a antiga paixão. Diariamente, ela está no Maracanãzinho, fazendo entrevistas com torcedores durante o jogos e participando de ações de entretenimento em português e inglês. A primeira experiência na área, até agora inesquecível:
– Tinha sonho olímpico também, eu via aquilo. Participei das Seleções de base. Hoje estou me realizando tanto, trabalhando com isso que consegui superar – diz Betina, filha de Jorge Schmidt, técnico com diversas conquistas no vôlei nacional, com quem entrou em atritos no momento da aposentadoria:
– Eles demoraram para entender. Foi difícil para mim, muito difícil para minha família. Decidi em um mês e no outro fui para os Estados Unidos. Meu pai falou: ‘você está maluca, acabou de ganhar uma Superliga’. Falei: ‘pai, não é o que quero fazer para o resto da vida e se não para agora, cada vez vai ficar mais difícil’. Aí, demoraram um tempinho, mas hoje entendem totalmente. Estão felizes de eu estar aqui de volta, me realizando de outra maneira.
No torneio masculino da Rio-2016, ela divide a quadra, em alguns momentos, com Bruninho, levantador da Seleção, e namorado por quatro anos. A relação acabou em 2011, mas ela não vê saia justa na situação:
– Nossa relação é ótima. Sou apaixonada pelo Bernardo, ele é meu ex-sogro favorito. Ele sempre fala de mim. Amigo do meu pai, Bruno é amigo do meu pai. Eu tinha 15 anos quando conheci o Bruno, adoro a Fernanda, adoro a Vera. Não teve problema nenhum, super bacana. Torço muito por ele, todos merecem, acompanhei uma parte com o Bruno, o quanto ele se dedica e continua. Dá para ver sangue no olho dele e do Bernardo. Então assim, tenho de dizer que em especial minha torcida vai para eles. Bruno participou de duas Olimpíadas e ficou na trave, tem tudo para ficar com esse título.
Já nas partidas femininas ela reencontra ex-companheiras:
- Joguei com a Dani (Lins, levantadora) no Rexona. A Natália eu conheci começando, vindo de Joaçaba, tinha 14 anos. A Adenízia eu joguei no começo de Osasco. Joguei com a Fabizona no Rexona, quando a gente ganhou. Agora está entrando geração, Nati, Gabi, tudo da minha geração, Tandara. A Tandara é mãe. A Brait vai ser mãe. As meninas entrando e eu estou ficando velha. Legal ver as meninas dando certo.
Formada em administração nos EUA, Betina tenta emplacar agora sua carreira na TV.
- Esse trabalho é um divisor de águas para mim. Estava morando em Nova York, fui tentar temporada lá. Chegando lá, um mês, me ligaram para convidar para Rio-2016. Falei que estava mais que confirmada, eu ia vir nem que fosse só para curtir a Olimpíada. Trabalhando, melhor ainda. Falei que seria divisor de águas, trabalho com televisão menos de um ano, comecei no Esporte Interativo, tava ali, mas experiência é pouca. Falei se eu chegar, olhar tudo e sentir que é, eu vou investir. Foi o que aconteceu. Não sei porque entrei nesse ginásio, me senti bem e quero investir nisso agora.
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