Um dos principais clubes do futebol mundial, o Liverpool se tornou um dos pioneiros na corrida por inovação. O time inglês se aventura no universo dos tokens não fungíveis (NFTs) desde o início do ano e, agora, mira a exploração de novas tecnologias. O motivo é claro: oferecer experiências à base de fãs ao redor do mundo.
O Liverpool lançou sua primeira coleção oficial de NFT, o 'LFC Heroes Club', em março deste ano. A promessa era permitir que os fãs se juntassem a uma 'comunidade inovadora' com acesso a um fórum, experiências únicas, encontros virtuais, competições e descontos no varejo.
Uma parte da receita arrecadada foi doada para a instituição de caridade oficial do clube, a LFC Foundation. Mesmo assim, a iniciativa recebeu algumas críticas externas por vender colecionáveis digitais, que muitos acreditam serem exploradores e têm riscos associados.
Em discurso na conferência de negócios esportivos Leaders Week, em Londres, o vice-presidente sênior de digital do Liverpool, Drew Crisp, rebateu as opiniões contrárias. Ele disse que os NFTs são uma das várias tecnologias que podem fortalecer o vínculo entre o clube e seus fãs em todo o mundo.
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- Temos a responsabilidade com nossos fãs de entrar nesses mundos porque sabemos o quão importante é o esporte. Por que tentamos o LFC Heroes? Poderíamos ter esperado e apenas comentado sobre o que todos os outros fizeram. Mas queríamos saber o que realmente era necessário para criar uma série de NFTs e comercializá-los. Você tem que estar em campo para jogar o jogo, então tivemos que estar no mundo da NFT para entender esse universo.
- Aprendemos muito. Erramos em algumas coisas. Temos algumas coisas certas. Temos um público que não tínhamos antes e temos uma noção de onde os NFTs podem tocar em nosso ecossistema e não são coisas para se temer. Foi um teste muito bom para nós.
Clube quer usar tecnologia para aproximar fãs (Foto: Divulgação/Liverpool)
Liverpool mira novos experimentos
A aventura digital do Liverpool não deve parar por aí. Na mesma conferência de negócios, Crisp disse que outras inovações, como a realidade aumentada e virtual (RA e RV) e o metaverso, por exemplo, podem preencher ainda mais a lacuna.
O objetivo a longo prazo é ainda mais audacioso: transportar a experiência de um jogo no estádio Anfield para qualquer lugar do mundo.
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- Temos uma enorme base de fãs em todo o mundo e, no final do dia, queremos dar a eles uma experiência. Se essas tecnologias podem dar a eles essa experiência, levando a autenticidade de um jogo de futebol ao vivo para onde quer que estejam no mundo, então isso é absolutamente algo que devemos liderar - disse Crisp, antes de finalizar:
- Há um monte de coisas que estamos analisando. Estamos procurando maneiras de trazer a experiência de caminhar até o estádio, sentar-se, ouvir o "You'll Never Walk Alone" ou experimentar a emoção de um gol nos acréscimos. Tenho certeza de que testaremos algumas coisas e, no devido tempo, lançaremos mais produtos.